segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Sou negro e daí

Chão de terra batida, telhado de sapê, menina aonde anda você. Saia rodada de algodão. Roda num pé só cuidado menina tem nego no chão.
Bate na palma da mão hoje tem luz de lampião. Sobre um altar, preto velho faz oração.
Casca de cocô no terreiro o veio chora ao relembrar o cativeiro.
Tem gente lá fora menina pega o candeeiro, Tem galo cantando fora de hora. Cuidado, pois tem donzela fugindo agora.
Ao redor da fogueira , preta canta, chama o seu nego, pois logo amanhece e agente se levanta.
Seios fartos e cintura de pilão. Seu precioso leite alimenta o filho do patrão.
Um dia ele vai ser doutor sua ama de leite é saudável e o patrão a olha com um olhar abrasador.
Na senzala o mundo deles é de sonhos com a liberdade esperando o fim da escravidão para caminhar rumo à felicidade.
Será que os negros ainda vão ser reconhecidos?
O mundo cresceu o homem branco sempre venceu. Viva a mãe África, pois somos filhos teus.
20/05/2009.

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